Há anos que cientistas da Ciência da Educação procuram uma teoria que possa traduzir-se em aplicação prática em sala de aulas, especialmente em dois instrumentos sociais como a leitura e o uso da matemática. A primeira teoria foi Cérebro Direito/Cérebro Esquerdo. Porém, cientistas como Sprenger (1999), Hart (1986) e muito outros recentes, sustentam que até hoje não existe a teoria adequada para a aprendizagem. Essa é uma realidade que não é possível negar.
Atuais descobrimentos da física e da química se afastam do classicismo e entram na Era Quântica, mas não chegam a ter repercussão nem influência na mudança de rumo da Pedagogia Tradicional para a Pedagogia Pós-Moderna, a qual a comunidade necessita para satisfazer as necessidades básicas de sobrevivência.
A Academia (entenda-se faculdades ou universidades) prefere teorias colaterais à Ciência da Educação, muitas das quais estimuladas por presentes fatos históricos, próprios de nosso país em desenvolvimento, e, caracterizadas apenas como propostas, não racionalizando pedagogicamente o crescimento e o uso dos conhecimentos que aportam as ciências auxiliares à educação, impedindo também o desenvolvimento das potencialidades naturais do indivíduo.
Muitas administrações nacionais, estaduais e municipais preferiram adotar técnicas sem respaldo epistemológico atropelando o espaço intelectual científico para a formatação daqueles novos paradigmas que fazem importante a localidade e a globalização de sua cultura.
Muitas propostas pedagógicas vindas do estrangeiro e inspiradas por intelectuais de outras culturas não respeitam o papel na aprendizagem do cérebro, que segundo nossa prática de pesquisa e investigação funciona holisticamente.
Em relação aos fenômenos da leitura, escrita e complexidade matemática, conforme Hortwig, Krecisz, Ritchei e Winder (2001) o aprendizado deve ser compatível com as funções cerebrais elementares, fundamentais, básicas, complexas e de síntese. Isto é, um enfoque sistêmico dinâmico interdisciplinar, sugerido pela neurociência que faz destes dois fenômenos a matriz de toda a cultura civilizatória.
Nossos métodos do aprendizado da leitura, escrita e matemática, além de participar das opiniões dos cientistas enunciados têm significativo experiencial. Nossa tarefa como educadores é assegurar que a leitura/escrita e a matemática estejam inseridas em experiências múltiplas ricas e interativas, as quais a criança traz de seu ambiente familiar comunitário social.
Quando falamos de essência holística entendemos que esses dois fenômenos fundamentais para a vida em sociedade não estão separados da arte das técnicas e das outras ciências como a física e a química quântica. Estas duas ciências têm desafiado aos educadores para olhar em sua tarefa diária aquele instrumento anatomofisiológico que dinamiza todo o comportamento pessoa e social do indivíduo, o cérebro.
Um método para ser efetivo deve ter o aval da experiência de cada educador, da sua história curricular e de sua vocação profissional para adequá-lo ao completo universo de sala de aula. Como? Quanto mais simples, mais objetivo e eficiente será.
Equipe IPETE