quinta-feira, 30 de junho de 2011

CARTA

 
PERGUNTA IMPORTANTE: É POSSÍVEL A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIAS NAS ESCOLAS, SEM PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS NA ARTE TERAPEÚTICA?

O Professor deve ser Livre,
 jamais prisioneiro da burocracia autoritária.

Este trabalho está sendo enviado pela Internet as Escolas das APAES, Secretarias Municipais e Estaduais para alguns políticos, vários intelectuais, dirigentes de sindicatos de professores.

Em 1979, nas aulas em diferentes universidades propus um modelo científico e moderno de inclusão de crianças com problemas mentais ou outros em escolas fundamentais. Uma vez diagnosticadas pedagogicamente as áreas interferidas e cientificamente comprovadas, desenhava-se tratamentos especializados e diferenciados, caso a caso, para as áreas impedidas, paralelamente às aulas do currículo oficial, de forma discreta a fim de impedir a discriminação entre seus colegas. Basicamente se exigiria realizar, antes da inclusão, detalhados Diagnósticos Pedagógicos Diferenciais de Orientadores Educacionais, cujos resultados seriam submetidos a discussões em Seminários Interdisciplinares.
 Por exemplo, discuti a “deficiência global”, no idioma psicológico “deficiente mental bem definido”, e na linguagem pedagógica mais correta como indivíduo com problemas pedagógicos em suas diferenças individuais as quais obedeceriam ao padrão de leves a severos.
Expôs a ideia em mais de 60 palestras e congressos locais, nacionais e internacionais que todo indivíduo tem no mistério cerebral, populações neuronais reunidas em analisadores corticais indenes e passíveis de serem estimuladas e acionadas de maneira pedagógica e com tecnologia educacional especializada e diferencial. Disse que crianças e sujeitos jovens (inclusive adultos) com dificuldades graves para processar operações abstratas podem adquirir habilidades para àquelas concretas, não demasiado complexas e serem eficientes para entender conteúdos simples e mais fáceis, familiares e cotidianos como o idioma, noções e entendimentos da linguagem artística, exercícios e movimentos ginásticos, compreender fatos históricos locais ou nacionais, e conceitos básicos de religião, etc. Demonstrei com experiências acontecidas em Israel (nos kibushs), na antiga República Socialista Soviética, Alemanha, países escandinavos (Poema Pedagógico de Makarenko, trabalhos de reeducação da professora russa Krupskaia, quando Ministra da Educação). A ideia é que ninguém pode ser excluído do universo infantil natural, simplesmente a priori ou por um só diagnóstico médico, psicológico, sociológico, isolados sem consulta aos profissionais especialistas da Ciência da Educação.
 Posteriormente, quando exercia funções de Professor, Orientador, Conselheiro Educacional, Vocacional e Profissional no Departamento de Educação Especial,e, também, na Assistência Social do Ministério da Educação do Chile, no setor de Neuropsiquiatria do Hospital São João de Deus em Santiago e, mais tarde, como Diretor da Escola Especial de Primeira Classe N. 81 em San Carlos (Chile) ou Assessor do Departamento de Pediatria do Hospital da mesma cidade, consegui com apoio de psicólogos especializados, médicos pediatras, neurólogos, oftalmólogos, psiquiatras, fisioterapeutas, assistentes sociais e especialistas em Orientação Educacional e Vocacional da Universidade Católica, em Santiago do Chile formatar uma metodologia diferencial experimental para a inclusão, do ensino da lecto-escrita e cálculos básicos. Os resultados demonstraram ser eficazes para o translado dos alunos matriculados em Escolas Especiais Para Deficientes Mentais para as escolas comuns. Infelizmente a chegada da ditadura nazi-fascista em 11 de setembro de 1973 privou a expansão das pesquisas e experimentos técnico-metodológicos em aperfeiçoar técnicas de Anamneses, Guias Evolutivas, Provas Pedagógicas Neutras, entrevistas e seminários para aprimorar os necessários Diagnósticos Pedagógicos Diferenciais.
Mas, ficaram ideias e muitas dúvidas que foram esclarecendo-se juridicamente, quando comecei os trabalhos como educador e especialista na Venezuela e Brasil graças ao contacto com educadores das APAES e crianças diagnosticadas como deficientes mentais bem definidas (DMBD), Down severo, problemas da deficiência da atenção (SDA), paralisia cerebral ou comportamentos turbulentos e caóticos, dando oportunidade à fundação do Instituto Pedagógico Teleducativo, na cidade de Caxias do Sul-RS (Brasil). Assim consegui com apoio valioso de uma equipe selecionada e fortemente vocacionada para o estudo dos diferentes e complexos problemas mentais, emocionais, motores e sociais e da pedagogia especial diferencial extraordinária, revolucionária para os tempos difíceis do conservadorismo (que ainda persistem em desaparecer na atualidade em algumas regiões pouco interessadas em reconhecer o papel vital do magistério) e legítimas desconfianças de escolas de APAES que não contavam com pessoal especializado bem como, infelizmente, de restrições à liberdade e pressões da pensada burocracia política mais interessada na economia do que na cultura.
Consegui (com ajuda de meus colegas do Instituto) resgatar dezenas de alunos “desenganados pedagogicamente”, que hoje (2011) trabalham eficientemente em diversos setores da comunidade. Um conseguiu aprender a tocar órgão e interpretar músicas clássicas, inclusive por ser sua senhora mãe membro de uma igreja memorizou “toda a Bíblia”; outra menina aprendeu a tocar o difícil instrumento violino, ensinado por minha filha, Hortência Muriel Bohrer Ballesteros, e hoje forma parte do Coro de sua Paróquia; outro com Síndrome Down severo é funcionário de confiança no Clube Esportivo Juventude (Caxias do Sul); outro trabalha em Canoas num Supermercado; uma menina Down escreveu um livro infantil com seus sonhos de adolescente e experiências ingênuas, e, outro que chegou até nós com “canibalismo” (síndrome da Erotomania) e agora é um rapaz com hábitos e valores riquíssimos, com uma habilidade incrível para cálculos.  Assim, muitos que passaram como alunos pelo Instituto demonstraram que educados diferentemente da rotina (de professores nomeados aleatoriamente e sem conhecimentos específicos por Secretários e Delegados de Educação, nomeados politicamente, a maioria sem programas científicos modernos, sem currículos adequados e sim burocráticos) podem romper esse imobilismo pedagógico através de interpretações e explicações de cenas familiares e locais, exposição de pinturas clássicas e outras expressões da Arte, os quais surtiram extraodinário sucesso graças à dedicação profissional e conhecimentos científicos específicos da professora de artes Isadora Demoliner. Por isso, chegaram essas crianças a transformarem-se em pessoas produtivas e auto-suficientes.
Tive a oportunidade de formatar uma Metodologia Especial para Lecto-Escrita que denominei Método Psicossomático, também outro Método baseado no Cuissinaire para o Ensino e Aprendizagem da Matemática e Ciências Sociais com apoio profissional e metodológico da professora Especialista em Deficientes Auditivos e Deficientes Mentais, Maria Udeni Bohrer. A equipe do Instituto deu nova percepção a Educação Especial Diferenciada cujos aportes permitiram acionar mecanismos intelectuais de estimulação perceptiva – neuronal que hoje favorecem centos de professores dedicados a difícil e incompreendida tarefa de atender crianças com déficit mental, emocional e motor, não apenas no Brasil senão também em países da África e América Latina.
Acredito que rompi de alguma forma a barreira educacional que separava social, funcional e estruturalmente crianças em deficientes e eficientes. Começou a universalizar-se o resgate e direito natural dos indivíduos com necessidades pedagógicas especiais para serem admitidos no mundo das escolas comuns fundamentais, públicas e privados. Paralelamente, sugeri a formação de pessoas especializadas e enriquecimento dos programas de formação de educadores nas faculdades e universidades. Nesta área não fui bem sucedido nem escutado.
Infelizmente, esta é uma área de atenção a pessoas com handicapes extremamente delicada, tanto que alguns especialistas da área pedagógica e científica das faculdades e universidades tradicionais não fazem, talvez, por falta de estímulos que impedem às discussões dos problemas, deixando espaço a intromissão da política contingente na difícil atividade que é de estrita competência pedagógica. Situação que coloca em perigo o futuro de milhares de pessoas com deficiências mentais, também o prestígio profissional dos educadores e possivelmente pode levar famílias a frustrações perigosas à saúde mental da comunidade.
A necessidade de incluir as crianças com necessidades pedagógicas especiais é antiga e utópica, histórica desde os tempos do iluminismo, passando pelas reformas ideológicas e políticas dos séculos XIX e XX, discutidas nos centros humanistas e progressistas que terminaram varrendo (em algumas partes geográficas) ditaduras conservadoras, monarquistas e oligárquicas que dominavam (e ainda dominam) Estruturais Burocráticas da Ciência da Educação.
Porém, as discussões se restringiram em poucos setores universitários ou elites intelectuais interessadas na revolução pedagógica. Infelizmente, as mudanças caminham a passos de tartaruga porque os docentes de sala de aula, orientadores educacionais, vocacionais e profissionais, administradores profissionalizados nunca foram convocados ou citados para expor suas experiências e escutar sugestões das ciências auxiliares da educação (“a educação é sumamente importante para deixá-la nas mãos de políticos fisiológicos e eleitoreiros”).
Governos autoproclamados de democráticos deixaram a solução desta situação social ou a postergaram indefinidamente, nas mãos de pessoas sem formação pedagógica, inexperientes afastados do fazer diário educacional, desconhecedores dos acidentes, complexidade e mistérios da dinâmica ciência da educação.
 Por tudo isso, projetos, propostas, ideais pessoais ou de pequenos grupos especializados, interessados na problemática da educação ficaram presos nos círculos interessados do Poder Político e de burocratas e, às vezes incompetentes dos mandos do meio político-administrativo que por pressão de dirigentes sazonais prejudicam a solução científica do angustioso problema de milhares de crianças e suas famílias. Surgiram propostas sem epistemologias que terminaram em fracasso com gastos de somas imensas de dinheiro público.
Governantes conservadores, demagogicamente progressistas, ainda que com boa vontade, não estimulam nem dispõem recursos (materiais e intelectuais) para pesquisas e investigações sobre como as deficiências poderiam ser tratadas em salas de aulas das escolas públicas ou privadas, nem dão atenção para as poucas teses de especialização, mestrados e doutorados que aparecem nas universidades e faculdades e que seriam bases importantes para atualizar docentes (perpetuamente mal pagos, pessimamente mal reconhecidos, assim como insuficientemente formados e informados).
Perdem-se experiências riquíssimas de melhorar a comunicação pedagógica e o sucesso da inclusão através de Cursos de Livre Oferta, na modalidade à distância, preparados com filosofias e doutrinas modernas e de indiscutível base histórica científica, organizados por especialistas, mestres e doutores nacionais e do estrangeiro.
Os Cursos de Livre Oferta a Distância permite ao educador estudar em seu ambiente, em seu tempo livre, e, produzir interessantes relatórios que têm a riqueza de serem nutridos pelo seu dia-a-dia como professor de sala de aula e de escolas afastadas dos grandes centros universitários, que, na maioria dos casos não têm os recursos econômicos para pagar altas mensalidades e taxas que cobram as altas casas de formação profissional.
Comprovei que as totalidades dos relatórios enviados por professores-alunos dos cursos que oferece o Instituto Pedagógico Teleducativo dão valiosos subsídios, abrem discussões científicas e profissionais de eficiência objetiva e respostas concretas à sociedade para elaborar Paradigmas que rompam com a rotina pedagógica e afastem os políticos do processo educacional. Se houvesse sincero interesse na inclusão dos indivíduos com necessidades pedagógicas especiais e em criar as oportunidades de um futuro democrático de verdade, como abrir de par em par as portas para a educação “normal e moderna” das crianças e adolescentes, não se negaria aos professores de alguns municípios (felizmente muito raros) do país o direito de estudar a distância e atualizar-se com os Cursos de Livre Oferta na Metodologia Moderna a Distância. Assim pergunto: Quais serão as razões para atuar tão ditatorialmente em momentos que se pretende viver o nascimento democrático político, depois de tempos de sectarismo, escuridão e dogmatismo de classe? As respostas são óbvias.
Verifiquei que são poucos os aportes da medicina pediátrica, neurológica e psiquiatria infantil que ajudam na elaboração de programas e currículos especializados e diferenciados que acompanhem o fenômeno singular da inclusão.
Existem, insisto não poucos casos de indivíduos nomeados como Secretários de Educação e Cultura, na sombra da política eleitoreira, ameaçando educadores interessados em atualizar-se, incluso pagando os Cursos de Livre Oferta de seus já parcos salários. Alguns Governadores, ignorando a importância vital da educação para a sobrevivência da sociedade democrática, ingressaram (que terrível!) no Supremo Tribunal de Justiça para impedir o pagamento do Piso Salarial Nacional dos Professores, aprovado unanimente no Congresso Nacional: pode-se acreditar em tal crime de Lessa Humanidade? Evidentemente que são restos do autoritarismo e ignorância que envergonhou a história da Pátria; aquelas velhas ditaduras ultraconservadoras, reacionárias a tudo que signifique cultura, educação e progresso das massas, dos profissionais e intelectuais progressistas.
Preferiu-se decretar a inclusão pedagógica nas costas dos professores de sala de aula que deverão, no futuro próximo, ser culpados das consequências negativas previsíveis, devido a projetos sem base de experiência pedagógica.
Uma medida que sugeri aos deputados da região foi FEDERALIZAR as APAES. Dotá-las dos instrumentos técnicos de ponta, Equipes Multiprofissionais e Interdisciplinares, e implantar a formação continuada prévia à inclusão social; abrir amplas e diferenciadas frentes de trabalho para os sujeitos afetados de alguma deficiência, assegurar assistência à saúde obrigatória e gratuita como de previdência especial para os mesmos, subsídios para educadores que desejarem se aperfeiçoar na área da educação terapêutica, propostas que devem estar engavetadas dormindo o sono das injustiças.
Está provado que o assistencialismo como a improvisação sócia pedagógica a traves das bolsas escola, família, transporte, etc., não promete um futuro nem comportamentos e hábitos para trabalhar e manter com dignidade aos filhos, pelo contrário provoca conformidade com a pobreza e ameaça a paz social e segurança pública (esta mecânica de Poder se iniciou com a Aliança Para o Progresso (?) e atividades descontroladas de Caritas International, em meados de 1955).
Certamente não espero que o “tiro saia pela culatra” e sim que os sindicatos e grêmios de professores despertem para a deformidade da realidade criada pelo assistencialismo eleitoral.
Na verdade o assunto ficou no ar e quem começou a pressionar por uma solução contra a marginalização, discriminação e preconceitos com os deficientes foram as famílias afetadas e, talvez e muito raro, alguns intelectuais e ideólogos progressistas, geralmente isolados em suas propostas, mas que compreendiam pela prática diária e de anos em contatos com alunos com limitações e suas famílias a urgência das soluções estruturais e político-jurídicas.
 A urgência de dar resposta a esta situação levou o problema às mãos profanas, que sem estudar técnica e criticamente as características das deficiências mentais e a análise dos conflitos sócio-familiares e pedagógicos, optaram, insisto, pela tribuna fácil do discurso improvisado e demagógico, situação que agradou provisoriamente a comunidade interessada na educação dos multi ou uni deficientes; interessou os pais gerando perigosas esperanças de futuro para seus filhos, uma vez eles desaparecidos, pois enxergaram uma luz ao final do túnel. Desviou-se o estudo sério e sistemático, em centros especializados, da natureza, origem e desenvolvimento das deficiências nas diferentes fases do crescimento e maturação dos indivíduos, e, obviamente atrasou o prejudicou os tratamentos educativos a interação e formação de equipes multiprofissionais.
Assim, atuando emocional e politicamente desconhecimento da imensa taxionomia dos problemas mentais, neurológicos, psicológicos, intelectuais, sociais e motores impossíveis de atender pedagogicamente em turmas de vinte, trinta ou mais alunos sem problemas aparentes se deixou lugar à “experimentos” perigosos e em situação de contestação futura por parte da sociedade aos professores. Foram ações e propostas infelizes, sem filosofia que provocam ainda maior confusão no complexo e heterogêneo ambiente escolar.
Reconheço que hoje recém começa a discussão dos efeitos de implantar uma ação tão delicada na área pedagógica sem haver, primeiramente, preparado os educadores em faculdades, universidades e/ou escolas normais com delicados e específicos conhecimentos científicos bio-psico e socioantropológicos e recursos didáticos para trabalhar em salas de aulas essas patologias diferenciais e individuais, na maioria das vezes abismais pedagogicamente.
Os casos leves que necessitam de atenção diferenciada perderam-se na floresta natural das diferenças individuais e aqueles médios e graves ficaram isolados ou aumentando ainda mais a fronteira entre o fenômeno criança normal e criança com deficiência (necessidades pedagógicas especiais, na nova linguagem político-pedagógica).
Até hoje, nas primeiras décadas do século XXI, com o desenvolvimento das ciências e técnicas jamais observadas na história da humanidade, ainda as mais desenvolvidas faculdades e universidades continuam mudas diante deste desafio. Ou, não sabem o que fazer ou como enfrentar a formação de um educador capaz (super-herói) de atender com eficiência, sem estresse a tarefa que a sociedade votou em suas costas profissionais: dezenas de crianças sem problemas e três ou quatro com deficiências de leves a severas.
Nos primeiros anos deste século as escolas especiais (APAES) e as classes especiais remanescentes em algumas escolas públicas com amplitude mental humanista estavam dando conta de atender milhares de pessoas com deficiências. As maiorias sustentadas pelas próprias famílias e generosidade de firmas e empresas sensibilizadas com o drama humano e social. Hoje querem desativá-las. Seria um crime.
Os sucessivos governos não deram ouvidos a propostas de intelectuais de educação que propunham, como primeira medida (como já falei), federalizar as APAES, obrigar faculdades e universidades a resgatar a formação de orientadores educacionais, professores especiais e outros profissionais com conhecimentos das causas e evolução dos problemas mentais, emocionais, psicológicos e motores. Paralelamente deveriam ter sido realizadas campanhas para informar ao mundo laico que a Educação Terapêutica pode diminuir os efeitos dos problemas e levar os indivíduos afetados a um plano de utilidade pessoal e social, e, por suposto as salas comuns e naturais das escolas públicas e/ou privadas.
 Da forma que se instalou a “Inserção Escolar de Crianças com Necessidades Pedagógicas Especiais” (deficiente, é o conceito científico correto que não é de nenhuma forma discriminatório nem de etiquetação), ainda que com boa intenção, foi improvisada e politicamente incorreta.
Mas, não é a população com deficiência que está em perigo em não ser devidamente atendida ou continuar marginalizada num canto da sala de aula, senão os alunos “normais” que perderão um tempo precioso da atenção de seus professores, os quais deverão desdobrar-se para não pecar de indiferentes ou incompetentes (obviamente se sabe que a velocidade de aprendizagem em cada caso é diferente e maior ainda em crianças com problemas de atenção ou de diferenciação, discriminação e conhecimentos dos meandros das ciências e disciplinas).

Há uma solução imediata, eficaz e barata: legalizar e aceitar o oferecimento dos Cursos de Livre Oferta na Metodologia a Distância para professores, municipais e estaduais a preços baixíssimos, oferecidos por instituições com provada experiência na área da educação experimental e especial básica. Basta a boa vontade de legisladores e interesse do MEC. É fácil, humano e democrático.
Prof.dr. Pablo Ballesteros
Diretor Instituto Pedagógico Teleducativo
Caxias do Sul – RS, junho de 2011

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